domingo, 19 de julho de 2015

Dicas para visitação do Aquário de São Paulo

A cidade de São Paulo abriga, desde o ano de 2006, o maior aquário da América Latina e único aquário temático do Brasil.
Aquário de São Paulo
Após a ampliação em 2009 o Aquário de São Paulo conta com 15 mil m² e dois milhões de litros de água.

Para descrever o local vou dizer que o espaço é muito bonito, colorido e limpo. Quanto ao conforto térmico, dentro do Aquário é um pouco quente e abafado.

O que há lá dentro? Aproximadamente 300 espécies de animais. Não apenas habitantes das águas, mas um grande número de outros animais de várias partes do mundo, que descreverei a seguir. No final deste post.fornecerei também dicas para aproveitar melhor a visitação.

Além da tranqüilidade do espaço do Aquário, da beleza de todos os animais e até do certo medo que alguns me despertaram, a visita tem uma capacidade didática incrível e durante o post contarei um pouco dos detalhes de alguns animais que mais me interessaram.

O ambiente é dividido em setores que reproduzem o habitat natural de cada animal.
Na parte inicial da visita, logo a entrada, estão os aquários com espécies de peixes divididas em setores de água doce e salgada. Primeiro em água doce tais como o rio Tietê e o Pantanal, e depois em água salgada, com seus peixes super coloridos.
Há também répteis como cobras, iguanas e também espécies raras neste setor como filhotes de jacarés albinos. Todos muito visíveis em amplos espaços.

Nesta parte inicial que corresponde à ala mais antiga, bem como em todas as outras, há placas ou totens luminosos com boa explicação do que você está observando.

A surpresa dos peixes da nascente do rio Tietê
Aquário com peixes do Pantanal

Piranha-vermelha
Pirarara
Baiacu-leopardo
Outro local que gostei. Muito bem montado.
Filhote de jacaré albino
As iguanas são sempre originais
Kinguios originários da China, Japão e  Europa estão lá no fundo
Peixe-leão
Moreia verde
Lindo não? É do costão rochoso.
Acará-disco
Pelos caminhos dos peixes

Seguindo o caminho único, com enorme variedade de peixes coloridos, pequenas cascatas, réplicas de tubarão ou ossadas verdadeiras, você vai se deparar com um tanque gigante de água salgada, com placas de acrílico também gigantes, que lembra um navio naufragado. Lá se pode admirar tubarões-lixa e tubarões-mangona, raias e enormes peixes também olhando para cima. Os tubarões passam tranquilamente por cima de sua cabeça. É uma situação de observação muito interessante.

O tubarão Lixa é um tubarão bastante calmo e passa boa parte do tempo parado no fundo arenoso devido sua capacidade de bombear a água por suas brânquias para respirar. Tem hábitos noturnos, quando busca seus alimentos. E para localizar suas presas, além de ferramentas com linha lateral e olfato bastante apurado, os tubarões Lixa têm dois barbilhões, como que bigodes, próximos a boca ventral que sentem a vibração e movimento das presas. A cor do dorso e flancos é amarronzada, com manchas escuras. Os tubarões-Lixa são sedentários, ficando imóveis por longos períodos no fundo arenoso, em águas rasas. Dormem empilhados, um em cima do outro, e deve ser bem interessante observar isso. Durante a noite são muito ativos e vorazes.

Tubarão-Lixa em condições de acordo com o IBAMA
O tubarão Mangona é o maior tubarão de nossas águas, alcança pesos de até 180 kg e mais de 3 metros e comprimento. É um tubarão de hábitos noturnos, costuma viver de forma solitária, nada de forma calma e lenta e tem aparência bem agressiva por conta dos seus dentes pontudos expostos para fora da boca. Em nosso litoral também é conhecido como tubarão-cinza. Ocorre em todos os oceanos. No Brasil, são mais comuns nas regiões Sudeste e Sul. O tubarão-mangona que está no Aquário chama-se Pancho.

Tubarão-Mangona
Olhe para cima e admire o ventre do tubarão
Raia-Prego
Raia passando por cima de nossas cabeças
Um cabeça de baleia impressiona visitante

Seguindo por um corredor com amostras de ossadas chamada Centro Educativo, chegamos ao setor onde estão mamíferos aquáticos: a lontra e incrível o peixe-boi, que se chama Tapajós.
Este é o meu predileto no aquário todo. Ele parece tão gordinho e pesado, mas tem um elegante nado calmo e constante. Ele pode ser admirado no fundo do aquário, onde o passeio nos leva primeiro e depois de subir alguns lances de escada podemos vê-lo de cima de uma passarela sobre o grande tanque, o maior do Brasil, onde o peixe-boi impulsiona sua bela e grande nadadeira caudal e mostra sua cabeça para fora da água. O peixe-boi da Amazônia é o menor dos peixes-boi e habita exclusivamente rios e lagos de água doce na bacia Amazônica. Esse mamífero aquático que pode pesar cerca de 450 quilos e medir até 3 metros de comprimento. Todas as espécies de peixe-boi estão ameaçadas de extinção.


Lobo marinho resgatado no litoral, com deficiência visual
Ambiente com barco naufragado
O Peixe-Boi-da-Amazônia "caminha" com suas nadadeiras dianteiras
Detalhe do Peixe-Boi no fundo do tanque
Peixe-Boi nadando calmamente
Tubarão "lúdico"
Minha vez de fotografar
Pauda para um descanso
Entrada para a parte nova do Aquário. África.

 A ambientação da entrada em um avião nos leva aos setores mais novos, onde viajamos pela fauna de outros continentes. Há os setores temáticos que mostram espécies animais como os existentes na África e Austrália, onde se entra por um portal em formato de canguru.

O setor África é ambientado com se estivéssemos em uma aldeia indígena local.

Vamos brincar com o suricato Timão, do filme rei Leão?
Suricato "verdadeiro" encanta as crianças
Também brinquei com o suricato
Enormes visores em todos os setores
Macaco-colobo. Pelagem preta e branca e longa cauda.
Lêmures-de-cauda-anelada. Vivem na ilha de Madagascar.
Detalhe da cauda anelada. Rei Julien,"ator" do filme Madagascar.
Antes da Austrália você passará também pelo setor Indonésia e da Patagônia, com um fofíssimo pinguinário, com aves originárias da região do sul da Argentina.

Pinguins-de-Magalhães. Veja-os brincando com bolinhas.
Da indonésia você verá lêmures e os incríveis morcegos gigantes, os Fying Foxes (raposas voadoras). São os maiores morcegos catalogados do mundo e seu focinho lhes atribuiu um aspecto de raposa, daí o nome. Chegam a medir até 2 metros de uma extremidade à outra de suas asas. Embora assustadores, alimentam-se apenas de frutas

Portal para a Indonésia. Tudo são detalhes.
Morcegos-gigantes-da-Indonésia. Olha, têm focinho!
Pendurados lá no alto e abrindo as asas. Prontas para voar bem perto de nós.

Chegando na Austrália com seus clássicos cangurus.

Entrando no setor Austrália
Cangurus-vermelhos tomando sol
Simpáticos cangurus

 A visita termina com o recinto do casal de ursos polares e a observação da alimentação dos lobos marinhos.

O charme do Urso Polar
Aurora e Peregrino em área climatizada de 1500 metros quadrados

Um pouco sobre os ursos polares: o casal de ursos, chamados Aurora e Peregrino, de 4 e 5 anos respectivamente, nasceu em Moscou e habitava um zoológico na Rússia que não possuía espaço suficiente para que vivessem de forma adequada. Após dois anos de negociação, vieram para cá como parte de um projeto de preservação e reprodução e são acompanhados por veterinários e biólogos, que fizeram estágio no exterior para aprender a lidar com estes e outros animais “estrangeiros”.

Clássica e sempre admirada alimentação do lobo marinho
Um carinho vai bem!
Detalhe do aquário. Possibilidade de observar o nado submerso dos animais.

imagem de um coala
Muitos animais deixarei de falar ou mostrar as fotos neste post, pois são inúmeros, mas também chamam a atenção o Macaco-colobo, os simpáticos suricatos e os assustadores e super-vivos morcegos.

Os próximos animais a chegarem serão um casal de coalas. Vamos aguardar.

Dicas para visitar o Aquário de São Paulo

Primeiro vá com tempo, ao menos duas horas, para poder apreciar tudo.

Lembre-se que lá dentro é mais quente e abafado que na rua.

Procure ler todas as explicações dos totens. Você saberá também sobre como proteger cada animal.

O animal mais difícil de ver é o bicho preguiça. Acredite, ele existe e é até grandinho. Procure dentro das redes ou da cesta no fundo de seu espaço. Se ele estiver com preguiça você pode retornar em seu caminho e tentar ver se ele já apareceu.

Informe-se sobre o horário em que poderá ver a alimentação do lobo marinho. É sempre cativante!

Os ursos polares podem estar dormindo num momento e logo acordarem. Tente vê-los nadando em sua piscina ou quando se aproximam do visor. Vale a espera.

Leve máquina fotográfica, mas flashes não são permitidos.

Se for durante a semana você poderá encontrar algum, ou alguns grupos escolares. Seguramente serão mais lentos que você. Ou você “pula” as espécies que eles estão visitando e retorna depois ou aproveita as explicações dos professores.

Leve algum dinheirinho extra porque além da sede que poderá sentir pelo longo passeio há as lojinhas de souvenires onde será difícil principalmente uma criança resistir a tantas opções de lembranças.

Não de preocupe muito com alimentação, pois há acesso em várias etapas do passeio a alimentos desde pipoca e sucos até a alimentação no restaurante temático com decoração náutica, Pier 15.

Você ainda precisará pagar à parte por duas atrações que estão dentro do espaço. O Cinema 7 D, que não visitei, e o Aquário abaixo de Zero, Este eu indico por que, além de tudo, é bom momento para uma pausa da caminhada. É passeio inspirado na era do gelo. Você embarca num carrinho que leva por trilhos a um ambiente que parece gelado. Pelo caminho, que é curto, você passa por réplicas eletrônicas de figuras da era do gelo, como mamutes que se mexem e emitem sons e outras atrações como paredes que se movimentam.

Placa indicativa na rua
Não deixe de pesquisar sobre as Visitas Noturnas para observar melhor os animais com hábitos nesse horário.

Leve documentos como a identidade, carteira de professor ou de aposentado. Há várias opções de descontos. Portadores de necessidades especiais são isentos do pagamento do ingresso. Às segundas-feiras há desconto para todos.

O Aquário de São Paulo, localizado na Rua Huet Bacelar, 407, no Ipiranga é um passeio obrigatório em nossa cidade tanto para turistas quanto para os paulistanos. É uma oportunidade única para enriquecimento de nossos conhecimentos como para ter a chance de ver de perto animais que só existem em outras partes do mundo.



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